INTERPRETAÇÃO
VIC – Volume Intracraniano. O VIC fornece evidência direta do trofismo cerebral e é utilizado para normalização estatística, pois salvo algumas exceções, mantém-se inalterado com a idade. É um importante parâmetro indicativo do estado pré-mórbido do cérebro, principalmente nas doenças degenerativas.
VC – Volume do parênquima cerebral total.
VLCR: Volume total do LCR.
A relação entre VIC, VC e VLCR permite classificar o padrão de redução volumétrica global do cérebro em senescência fisiológica, em conformidade com a faixa etária, ou patológica, indicativa de processo neurodegenerativo.
VHCE – Volume dos hemisfério scerebrais esquerdo e direito. Demonstração das regiões segmentadas em conformidade com os reparos anatômicos que delimitam os lobos cerebrais. Existe uma distribuição volumétrica hierárquica, com primazia dos lobos frontais e menor volume dos lobos occipitais. Este exemplo é representativo do que se observar em geral, em pacientes jovens, onde há marcada simetria entre os lobos e hemisférios cerebrais correspondentes. Entretanto, os estudos de literatura relatam redução volumétrica global durante a senescência, com atrofia mais pronunciada dos lobos frontais e temporais. Os lobos occipitais são os mais poupados.
As estruturas da fossa posterior têm a tendência de manter volumes e proporções relativamente preservados, com atrofia leve e simétrica que se dá na senescência. Este comportamento estável permite fazer inferências diagnósticas mais específicas na vigência das doenças degenerativas próprias desta localização, uma vez que o mecanismo fisiopatológico observado tende a envolver populações neuronais distintas, resultando em graus variados e assimétricos de atrofia.
Amígdalas e hipocampos, correspondem às estruturas mais estudadas desde o início dos trabalhos envolvendo a quantificaçã volumétrica baseada em imagem. Esta preferência se justifica porque fazem parte de um circuito cuja importância funcional é imprescindível para a sobrevivência. Sua lesão está associada com várias condições neuropsiquiátricas de grande prevalência, destacando-se Epilepsias e Demências. Outro fato que facilitou o seu desenvolvimento relaciona-se às suas características anatômicas, que são de fácil reconhecimento, permitindo o delineamento acurado de seus limites, resultando em maior robustez na reproducibilidade dos seus volumes entre diferentes centros.