Prezado colega,
É com satisfação que anunciamos a disponibilidade de uma consultoria especializada na investigação de epilepsia através das imagens de Ressonância Nuclear Magnética (RNM). A Clínica de Morfometria Cerebral (CMC) visa extrair mais informações das imagens da RNM, melhorando a sensibilidade e especificidade do exame.


A epilepsia afeta milhões de indivíduos globalmente, e a identificação de anormalidades estruturais é fundamental para auxiliar no diagnóstico da síndrome epiléptica, orientar o tratamento, e eventualmente, fazer inferências acerca do prognóstico.
A RNM de rotina nem sempre é otimizada para esse fim. Ela é muito importante na situação específica de uma primeira crise, para diagnosticar ou descartar a possibilidade de uma lesão causal mais grave, tais como tumores ou acidentes vasculares cerebrais. Entretanto, a investigação de pacientes com epilepsia, principalmente em casos mais refratários, demanda uma abordagem mais específica.


O estudo direcionado aumenta o índice de detecção de lesões, identifica desvios da normalidade anatômica, e juntamente com informações clínicas, permite inferências acerca do mecanismo fisiopatológico, resultando em maior compreensão do quadro clínico de cada paciente.
O sucesso na detecção de lesões tem estreita relação com o treinamento específico do neuroradiologista, a utilização de protocolos de aquisição adequados, e o emprego de ferramentas de processamento gráfico.
Profissionais especializados em epilepsia aumentam em 37% a detecção de lesões epileptogênicas em ressonâncias magnéticas convencionais e melhoram a identificação de displasias corticais em 52% dos casos comparado à análise geral (1).
1-The Role of Expertise in Neuroimaging Analysis for Epilepsy Surgery: A Systematic Review and Meta-Analysis” (Epilepsy Research, 2023)
Barkovich relatou que o uso de protocolos específicos aumentaram a taxa de detecção de lesões em até 30% em comparação com exames padrão (2).
2. Journal of Neurology, Neurosurgery & Psychiatry (2018) “Advanced MRI Techniques in the Diagnosis of Epilepsy: A Systematic Review” (Barkovich et al.)
Resultados igualmente positivos foram obtidos através da quantificação de volumes hipocampais e mensuração das alterações de sinal, prevendo a resposta ao tratamento cirúrgico com maior precisão (3).
3. The Role of Quantitative MRI in Refractory Focal Epilepsy (Epilepsy Research, 2020, por Thom et al).
A combinação de PET e RM realizados por especialistas e protocolos direcionados aumentaram a detecção de displasias corticais focais em até 50% dos casos resistentes (4).
4. Neuroimaging in Epilepsy: Advances in MRI and PET (Neurology, 2019, Duncan et al).
Além disso, reconstruções 3D e MPR foram cruciais para localizar zonas epileptogênicas com precisão milimétrica, reduzindo riscos em procedimentos invasivos (5)
5. “Quantitative MRI for Epilepsy Surgery Planning” (American Journal of Neuroradiology, 2021, Winston et al)